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Oji sai da ameaça e demite mais de 50 trabalhadores
As coisas na Oji Papéis pioraram drasticamente com a sua nova gestão. Às ameaças que a empresa fez no último mês de julho, de demissões, comunicado pelo sindicato em boletim no dia primeiro de agosto, se concretizaram nesta semana, com a empresa anunciando a demissão de 57 trabalhadores, dos mais diversos setores. O Sindicato alertou para esse risco.
As demissões, sem qualquer discussão com o Sindicato, vão na contramão da trajetória da Oji Papéis, uma empresa que sempre foi considerada uma referência mundial não só na produção de papéis, mas na relação com seus funcionários.
Ao invés de abrir discussão com o Sindicato sobre medidas a adotar para evitar as demissões, simplesmente fez o comunicado de que estaria colocando 57 trabalhadores na rua. Só apareceu no Sindicato, nesta última segunda-feira, primeiro de setembro, para tratar da renovação do plano de saúde, em reunião que já estava agendada anteriormente.
No entanto, diante das informações passadas por trabalhadores, a direção do Sindicato cobrou dos representantes da emprega a abertura de negociação sobre medidas voltadas a atenuar o impacto na vida dos demitidos.
O pedido do Sindicato foi atendido e desde esta última segunda-feira já foram realizadas três rodadas de negociações (manhã e tarde de segunda-feira e manhã desta terça-feira). Nestas reuniões, o Sindicato está cobrando dos representantes da Oji Papéis a extensão do convênio médico aos demitidos por seis meses, cesta de alimentos por igual período, além de garantia de emprego para os demais trabalhadores, que atuam em máquinas que estão tendo baixa demanda, de acordo com seus representantes.
As negociações continuam nesta tarde de terça-feira e a expectativa do Sindicato é de que a empresa tenha sensibilidade e concorde em celebrar um acordo que atenue esta situação enfrentada pelos 57 companheiros e companheiras trabalhadores, que tanto atuaram para garantir o lucro da Oji Papéis, e para os demais que estão apreensivos com toda esta situação. Manteremos o diálogo!
Emerson Cavalheiro
PRESIDENTE