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Oji Papéis aplica novas medidas no plano de saúde, sem acordo com o Sindicato
Apesar de ainda não haver acordo sobre a renovação do plano de saúde, a Oji Papéis, de forma unilateral, está praticando diversas mudanças, afetando tanto os trabalhadores da ativa como aposentados. O mínimo que se espera é que a empresa respeitasse as negociações, que começaram em julho e continuam, com o Sindicato defendendo a manutenção das cláusulas que, conforme o próprio acordo, estão em vigor.
As medidas que estão sendo impostas estabelecem que os trabalhadores da ativa passem a pagar proporcionalmente pelo uso do plano, como no caso de uma internação, que até agora era inteiramente gratuito e que fere o acordo em vigor. A Oji alega que há necessidade para equilibrar o orçamento. O sindicato, por sua vez, não concorda, uma vez que esta cobrança provoca impacto na vida de cada trabalhador, tanto financeira como social.
No caso dos aposentados também há impasse para elaboração do novo acordo, uma vez que a Oji Papéis quer excluir os dependentes dos aposentados deste plano de saúde, além de estabelecer que os aposentados paguem 50% do valor deste plano, o que daria uma mensalidade de aproximadamente R$ 800,00, além do fator moderador.
Apesar de as negociações estarem acontecendo, visando a renovação deste acordo, com validade de dois anos, a empresa já reajustou as mensalidades em mais de 20% dos aposentados e inclusive está cobrando este aumento desde agosto, assim como começou a cobrar a contrapartida dos trabalhadores da ativa.
Toda esta situação foi apresentada pelo sindicato em assembleia promovida no último dia 31 de outubro, que reuniu trabalhadores aposentados e da ativa, e foi reforçada a importância da luta na defesa do plano de saúde na Oji Papéis, do qual o sindicato não abre mão e continuará insistindo para que a empresa reveja sua posição, conforme o sindicato inclusive já notificou a Oji Papéis.
Portanto, trabalhador, o momento é delicado e mostra a necessidade de estarmos unidos para defendermos, juntos, esta conquista histórica. Abrir mão das conquistas significa impacto financeiro nas finanças de cada um e a possibilidade de que este benefício venha ser reduzido a cada negociação. Não podemos calar e aceitar tudo isso pacificamente.
Emerson Cavalheiro
PRESIDENTE
